Belém é uma das 9 cidades mais caras do País

Com aumento de 82,19%, a farinha foi um dos vilões e produto

Em novembro a cesta básica dos paraenses voltou a ficar mais cara, custando R$ 270,22 com alta de 0,61% em relação ao mês de outubro/2012. O aumento acontece pelo oitavo mês seguido, segundo o estudo divulgado ontem pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Deese-PA). Segundo o Dieese, das 17 capitais pesquisadas só quatro apresentam altas de preços. São Paulo foi quem apresentou o maior valor da alimentação básica com R$ 299,26, seguida de Vitória com R$ 295,31 e de Porto Alegre com R$ 286,83. A capital paraense ficou entre as 9 cidades pesquisadas mais caras do pais no que diz respeito ao custo da alimentação básica e foi a 3º com maior variação. Em termos de variação, no mês de novembro, entre as 17 capitais, João Pessoa foi a que apresentou a maior alta com 1,02%, seguida de Belém com alta de 0,61%. Boa parte dos produtos que compõem a cesta apresentou alta, destaque total para a tradicional e quase inseparável farinha de mandioca, que teve reajuste de 27,58%. O arroz vem em seguida com 11,98%, banana com alta de 5,97% e óleo de cozinha com alta de 2,70%. Nem o pão francês escapou, com aumento de 1,26%. Segundo cálculos do Dieese, o custo da cesta para uma família composta de dois adultos e duas crianças, ficou em R$ 810,66 sendo necessários cerca de 1,3 salários mínimos do assalariado para garantir a mesa farta durante o mês. A pesquisa aponta que para comprar os 12 itens básicos o paraense compromete cerca de 47% do salário mínimo atual de R$ 622,00. NO ANO - De janeiro a novembro, a alta acumulada nos produtos foi de 10,86%. Os vilões foram a farinha, com aumento de 82,19%, seguida pelo feijão (66,44%) e do arroz, com 46,61%. A inflação para o mesmo período está estimada em 5,50%. Os recuos foram poucos, destacando açúcar e a carne bovina. As pesquisas do Dieese mostram ainda que o salário mínimo necessário para atender os preceitos constitucionais para uma família deveria ter sido de R$ 2.514,09, ou seja, cerca de 4 vezes maior que o atual. 

Fonte: (Diário do Pará)